Voz e alma de contadora de estórias

 

Uma das coisas mais legais que a Fada de Botas tem me trazido, é a oportunidade de contar a estória do livro para crianças de diversas idades. Não sou contadora de estórias, não tenho técnica, nem conhecimento adequado. Mas tenho vontade de fazer bem feito, de realmente tocar as crianças.
Fui convidada para contar a estória e distribuir o livro, no Lar de Meninas do Novo Mundo. Adorei o convite. Quando cheguei, algumas meninas já esperavam no portão. Todas me receberam muito bem. Sentei no chão com elas, abri o livro e com todo meu coração contei mais uma vez, as aventuras da Amanda. Vi os olhos das crianças brilharem, empolgadas com a estória.
No final, ganhei flores, abraços e beijos. Deixei um pouco de mim com elas, além do livro. Levei um pouco de cada menina comigo.
Aquela manhã me emocionou muito. São meninas tão novas que já passaram por coisas ruins, mas mesmo assim não perderam a capacidade de se encantar com a estória de uma fada de cabelos cor de rosa.
Estórias têm esse poder meio mágico, por isso acredito que a tradição de contar estória é algo sagrado.
Uma pessoa muito importante na minha vida disse que eu tenho voz de contadora de estória. A ela sou muito grata. Seus olhos incríveis viram, o que mais ninguém, nem eu mesma, via.